segunda-feira, 24 de agosto de 2009

RESUMO DA HISTORIA DAS KOMBIS

Em 2 de setembro de 1957, a Kombi era lançada no Brasil. Antes dela, só eram fabricados no país DKW Vemaguet, Ford F-100 e Jeep Willys. Já era vendida no Brasil em 1950 pela Brasmotor, apenas montada no Brasil. Moderníssima, havia estreado na Alemanha em 8 de março de 1949.
Em 1957, seu índice de nacionalização era de 50%, quando a lei exigia 40% para ser um veículo brasileiro. Em 1961, o índice era 95%. É o único modelo nacional que ainda possui quebra- vento, maçanetas de gatilho, pára-choque de metal e câmbio manual de quatro marchas.
No mundo, ela teve cinco gerações. O Brasil fabrica a segunda, aposentada na Alemanha em 1979.
Nos anos 60, uma propaganda brasileira dizia que ela podia levar até 12 pessoas - três a mais que a capacidade homologada.
A primeira Kombi nacional podia carregar 810 quilos.
Kombi e lotação sempre andaram juntas. Em 1958, circulavam 15 delas em Teresina (PI).
Em 1960 surgiu a versão de seis portas. A configuração deveu-se à exigência paulistana para homologá-la como táxi, o que incluiu ainda estribos.
Ela ganhou apelidos como Pão de Forma e Pão Pullman, por seu formato retangular.
O modelo tinha status de veículo familiar, como mostrou a capa da nossa edição no 7, de fevereiro de 1961. O casal da foto eram os atores John Herbert e Eva Wilma, com os filhos Júnior e Vivian.
O motor refrigerado a ar se foi, mas ela continua sendo o único Volkswagen com motor traseiro. O total de peças de uma Kombi Standard é de 4 620.
A Kombi já foi escritório móvel de órgãos públicos, ambulância, consultório dentário, consultório médico, radiopatrulha e até carro funerário.
Até os campistas foram contemplados, com a Kombi Turismo, feita de 1960 a 1962.
É o 24º modelo mais vendido do mercado (ranking de julho), com 2 103 unidades.
É o único veículo de série do Brasil que já teve todas as configurações de combustível possíveis pela lei: só a gasolina, só a álcool, diesel e flex.
Nos anos 70 e 80, ela era um dos veículos preferidos para uso em estradas de terra. Valia-se dos 24 centímetros de altura livre do solo e do motor traseiro, que melhorava a tração em subidas.
Pensando num uso mais off-road, entre 1970 e 1972, ela ganhou o diferencial travante, acionado por uma alavanca na base do banco - opcional que nunca fez sucesso.
Na edição de julho de 1970, QUATRO RODAS fez um comparativo com Toyota Bandeirante e Rural Willys. A Kombi foi eleita a melhor no transporte de carga e na travessia de trechos alagados. Hoje ela só é exportada para um país.
Já foi produzida aqui Kombi com volante à direita, destinada a países pobres que usam a mão-inglesa, como a Jamaica. Nesse caso, as portas laterais traseiras eram deslocadas para a esquerda.
Até 1975, o vidro da porta era formado por duas peças corrediças e havia um captador de ar no teto.
A idéia da Kombi veio da Holanda, quando Ben Pon, dono de uma autorizada da VW, teve a idéia ao visitar Wolfsburg e ver veículos de uso interno feitos para carregar peças na fábrica.
O paulistano Euclides Pinheiro treinou 12 dias para andar em duas rodas numa Kombi, atração que incluía um equilibrista plantando bananeira.
Nomes no mundo: Bulli (Alemanha), Pão-deforma (Portugal), Combi (México), Kleinbus (Finlândia), Bus (Estados Unidos) e Papuga (Polônia).
O primeiro teste da Kombi na QUATRO RODAS foi publicado em janeiro de 1963. O modelo Luxo 1962 tinha um motor de 1 192 cm3 de 32 cv a 3 700 rpm e 7,7 mkgf a 2 000 rpm.
39. No teste de estréia, ela cravou 93 km/h de velocidade máxima e acelerou de 0 a 80 km/h em 27,8 segundos. Seu consumo em "situação de rush" era de 7,5 km/l sem carga e 6,8 km/l carregada.
De 1957 a 1986, ela ganhou a versão Luxo, com pintura em duas cores (saia-e-blusa), com direito a forro completo no teto.
Ela já foi exportada para o México com motor AP-1800. Por aqui o motor 1.4 da família EA- 111 levou a melhor pelo menor torque, que permitiu aproveitar a mesma caixa de câmbio de hoje.
No Brasil, a Kombi é o único VW a usar o motor EA-111 na versão 1.4 - só o Fox de exportação usa essa mesma cilindrada. O restante dos modelos vendidos aqui usa o 1.0 ou o 1.6.
Nos EUA, um V8 foi colocado em uma velha Kombi 1959, em posição central. Na Suíça, uma carroceria da primeira geração, alargada com plataforma da terceira, foi equipada com motor e câmbio Porsche, herdados de um 911 GT3 refrigerado a ar.
Kombi é a abreviação do alemão Kombinationfarhzeug ("veículo de uso combinado").
Sua montagem manual leva quatro horas.
Um grupo de idosos de Mauá, na Grande São Paulo, fez de uma Kombi 1966 a sede do seu clube. A turma da terceira idade se reúne dentro de veículo para jogar truco, tocar violão ou fazer tricô.
É o único modelo nacional que não tem ar e direção hidráulica - nem como opcional.
O desembaçador traseiro é único opcional da Kombi Standard. Na versão Furgão, é o banco inteiriço para três pessoas, em lugar dos individuais.
Em 50 anos de vida, a Volkswagen nunca colocou o nome Kombi em sua carroceria, com uma única exceção: a série especial Prata (2006).

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